Era dia de sol quente. O céu estava limpo de nuvens e se
mostrava profundo e inalcançável. O sol
ardia os olhos e abrigava o silêncio. Estava tudo parado, exceto as batidas do
coração e a respiração profunda de quem procurava ar para sobreviver. Era um
dia de sol quente, um dia de preguiça à sombra de uma árvore qualquer.
Deitado no piso frio da sala, o gato sonhava esparramado com
as pernas para o ar. Bicho é assim mesmo. Criança também. Eles não se importam
com as convenções sociais.
Deitado no piso, como o gato, ele sorria ao lembrar-se de passagens
de sua infância.
No chão frio, no meio da sala, o gato e seu dono sorriam. Não
há ninguém naquela tarde calorenta e calma pra chamá-los de bichos preguiçosos.
Eles Sorriram até cair num sono profundo e merecedor.
5 comentários:
Lindo e deu pra imaginar muito bem a cena..bjs, chica
Belo texto poético, meu caro amigo. Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma ótima semana.
Esta frase ficou linda:
"Não há ninguém naquela tarde calorenta e calma pra chamá-los de bichos preguiçosos."
Disse tudo.
Abração!
Bonito texto!
Linda foto, curioso momento!
Que belo texto! Os bichos e as crianças não se policiam. Quando nos permitimos agir como crianças voltamos a sorrir, gostosamente. Abraço.
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