O meu corpo cai em queda livre como as águas espumantes de uma cascata. Vivo num eterno despertar. Descubro a cada momento seres com os mais diversos sentimentos habitando em mim.
Sou águia a caçar/sou presa a morrer. Sou sol a despontar/sou lua a crescer.
O meu corpo desliza em geleiras formadas nos pontos mais alto das montanhas. Vivo a frígida vida num tempo de exacerbação – eu sei. Vivo no contraponto da vida; vivo em lentidão.
Sou o lenhador e a árvore/sou a árvore e o lenhador. Sou o machado que mutila a árvore, que mutila o lenhador e rasga o vento.
O meu corpo cai em queda livre como as águas geladas de uma cachoeira.
O meu corpo simplesmente se movimenta ao redor da vida.
O meu corpo flutua entre o nevoeiro e a lucidez.
O meu corpo simplesmente se movimenta ao redor da vida.
O meu corpo flutua entre o nevoeiro e a lucidez.
2 comentários:
UAU! Que beleza de expressão de metamorfoses pelas quais passamos! Lindo texto e a imagem DEZ! abraços, chica
A imprevisibilidade das águas nos oceanos bem pode ser inspiração para os poetas.
E flutuar é importante ou em último caso ,submergir...
Gosto da prosa poética.
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