Sou um felino doméstico. Vagabundo ou não, ando por aí.
Adoro muros e telhados alheios.
Namoro de madrugada – a lua e a gata.
Faço poesia e muita prosa.
Sou cinzento na cor e colorido na alma.

02/07/2016

Devaneio





Quando percebi, estava caminhando com o meu corpo molhado pela chuva que caía naquela tarde cinza. Sou assim, abstraio-me do mundo que me cerca e recrio em cores abstratas paisagens e gente. Vago à procura do irreal na realidade existente.  Gosto do avesso, do revés, da vicissitude.  Sou surreal? Não sei... Talvez eu seja aos seus olhos; talvez eu cause a você estranheza.
E aquele senhor que estava na janela a me ver passar caminhando na chuva, acenou-me com a cabeça e com um sorriso nos olhos. Percebi imediatamente que a ele não causei estranheza por andar calmamente na chuva e sim desejo de estar em meu lugar caminhando sem a preocupação se mais tarde teríamos ou não o sol para nos secar.

4 comentários:

chica disse...

LINDOS DEVANEIOS E CAMINHAR NA CHUVA PARA ALGUNS PODE ASSUSTAR, PARA OUTROS É UMA VOLTSA À INFÂNCIA TÃO GOSTOSA! BJS, CHICA

CÉU disse...

Há devaneios, será devaneio... que nos sabem mto bem fazer e ter.

Novo post, lá. obrigada...

Abraço.

Gracita disse...

E como não devanear??
A sensação do devaneio é de liberdade. de singularidade
E faz um bem imenso caminhar despreocupadamente aproveitando o que sonho traz
Lindooo demais!
Um beijo no coração e muitos sorrisos

Dilmar Gomes disse...

Caro amigo, de poeta e de doido, todos temos um pouco.
Um abraço. Agradeço vossa visita lá no meu modesto espaço. Tenhas uma ótima semana.